terça-feira, 6 de janeiro de 2009

SINTO MUITO...

Não sabia que, se aceitasse os conselhos que meus pais tanto insistiam em me dar, evitaria um monte de besteiras que acabei cometendo ao longo dos anos.

Não sabia que, se todas às vezes que recorri a Deus por motivos tão frívolos, não sentiria tanta vergonha por anunciar que tenho muita fé, quando na verdade, meus pedidos sempre foram tão mesquinhos quanto individualistas.

Não sabia que, por todos os dias em que acordei e disse: sou vencedor e capaz de resolver sozinho os meus problemas, não teria perdido a oportunidade de estender a mão ao próximo e resolvido mais problemas de um maior número de pessoas.

Não sabia que, para cada abraço dado com intuito de lograr privilégios, um débito de afeto fora provocado para os meus dias finais.

Não sabia que, ao preferir a companhia de algum amigo para traçar papos animados ao invés de levar meu filho ao parquinho, rupturas irreparáveis seriam estabelecidas para a convivência pai e filho.

Não sabia que, aqueles intermináveis sermões que ouvia nas missas de domingo, acabariam por estabelecer uma relação harmoniosa entre a igreja e minha fé.

Não sabia que, entrar madrugada adentro trabalhando apenas pelo silêncio, perderia a adorável gritaria das crianças por tantas manhãs.

Não sabia que, pular os obstáculos não que dizer vencê-los, mas deixá-los fortes para nos encarar mais tarde.

Não sabia que, encarar o primeiro obstáculo não quer dizer que vamos vencê-lo, mas certamente, vamos enfrentá-lo a cada vez aparecer.

Um comentário:

  1. Que máximo...!
    Somos o que pensamos e se pensamos, mudamos e crescemos. Mutantes passamos a ser. Nos trasnformamos num pensamento diário, cada dia com sede de aprender, isso sim é, pra mim, viver. Valeu...!

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