terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Os efeitos da chuva

Nos últimos dias, aqui na cidade maravilhosa, as águas descem dos céus sem parar. Como meus amigos leitores do Zumbido sabem, não falo mal do Rio de Janeiro, não aqui, neste espaço cultural. Não vejo as mazelas sobressaíram às belezas das paisagens e de sua gente. Sou mais ou menos como aquelas mães que só enxergam as qualidades de seus filhos, embora, como todos os vizinhos estão cansados de saber, os defeitos sejam perceptíveis a olho nu.

Se estou feliz com o fim da era César Maia? Ah, isso estou!

Voltando às chuvas que caem sem parar no Rio. São chuvas que não atrapalham, não causam dor e não deixam ninguém desamparado.

As daqui, ao contrário do que aconteceu lá em Santa Catarina, nos convidam a segui-la sob seus pingos, ora fortes, ora serenos. Ontem mesmo, saí debaixo de chuva e fui correr pela orla. No início, senti o peso da água, mas aos poucos me deixei levar pela leveza dos pingos. Corri bastante pelo calçadão até alcançar a pedra de Deus. Fiquei lá por algum tempo, com a roupa encharcada e a alma lavada. Voltei. Dois quilômetros pela areia da praia e minhas pernas pareciam molambos. Foi melhor voltar para o calçadão. Ainda parei para uma água de coco.
Da minha varanda, já sob a proteção do agasalho, permaneci por um longo tempo observando o pôr do sol entrelaçado aos fios de água que dos céus se jogavam.

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