terça-feira, 9 de dezembro de 2008

EFÊMERA, POESIA DE FABRÍCIO MOHAUPT

O feitiço, em mim, arrefeceu.
A rosa, por si, despetalou.
O encanto, enfim, feneceu.
A quimera, por ti, acabou.

Em mim, nada mais, ficou.
Por si, tudo mais, sofreu.
Enfim, sem mais, chorou.
Por ti, nunca mais, apeteceu.

O descaso, em mim, doeu.
A magia, por si, cansou.
O coração, enfim, perdeu.
A alegria, por ti, passou.

Em mim, nada mais, restou.
Por si, tudo mais, entorpeceu.
Enfim, sem mais, abandonou.
Por ti, nunca mais, esplendeceu.

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