segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Para Vc!

"...E pensar que até ontem eu tinha certeza sobre quase tudo? Não paro mais nessa onda de querer ser feliz a qualquer preço. O vento que sopra em mim é o suficiente para me manter em paz com a vida".

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Para Matt (my son)

O grafiteiro britânico Banksy idealizou uma nova abertura para a série americana de animação Os Simpsons.

O artista fez uma sequência final polêmica, mostrando dezenas de pessoas de aparência oriental, algumas parecendo crianças, em um ambiente insalubre trabalhando em animações e produtos ligados ao seriado.

A ideia teria sido inspirada em supostas notícias de que os produtores da série terceirizariam a maior parte do trabalho para uma empresa na Coreia do Sul.

domingo, 10 de outubro de 2010

Para os Catadores do Lixão Gramacho



Durante os dias 23/09 a 07/10 o Rio de Janeiro só respirou cinema. Foram 300 filmes de vários países e diversos gêneros. Uma maratona para a equipe do Crônicas Cariocas que durante os 15 dias assistiu e analisou mais de 100 filmes. Erika Liporaci e Chico Carbone juntos chegaram a ver 13 filmes por dia. Eu, em contrapartida, acabei ficando com as matérias especiais e as coberturas das noites de Gala. Posso dizer que, apesar de alguns filmes ficarem abaixo da minha expectativa, a maioria vence em disparada a qualidade proposta.

Estive presente em alguns dos filmes mais esperados e comentados nos bastidores. Alguns ruins e outros de extrema beleza. Dito isso, abro esse espaço aqui no Zumbido para falar de um em especial: o documentário Lixo Extraordinário, de Lucy Walker e João Jardim com produção de Karen Harley. O Doc acompanha o artista brasileiro Vik Muniz numa busca esplêndida para transformar em arte o lixo dispensado no Jardim Gramacho. O famoso lixão de Gramacho fica localizado na periferia da cidade fluminense de Duque de Caxias e é considerado o maior aterro sanitário da América Latina, que em 2005, também serviu de cenário para outro bonito documentário: Estamira.

Vik Muniz encontra nos catadores de lixo parceiros ideais para o seu trabalho. Uma sintonia que resultou num trabalho conjunto, e elevou os catadores à categoria de artista, onde cada um passa a compor sua arte e a própria história, deixando de ser o coadjuvante do consagrado artista plástico. Essa inspiração provoca mudança, e os resíduos jogados no lixão por uma população inteira, são os ingredientes dessa transformação. "O que eu queria fazer era mudar a vida de um grupo de pessoas usando o mesmo material que elas usam todos os dias", explica Muniz no documentário.

As telas criadas durante o processo foram vendidas nas prestigiosas casas de leilões internacionais, e todo o dinheiro arrecadado destinado aos catadores e suas próprias iniciativas.

Todos os personagens desse documentário são pessoas encontradas naquele lixão. Durante os primeiros minutos do filme, dá-se a impressão que são pessoas diferentes ou menos humanas. Há quem torça o nariz, e os joguem de lado, à margem de qualquer sociedade. Porém, aos poucos, descobre-se o tamanho de cada indivíduo que cresce ao tocar dos desejos e sonhos, e em algum ponto, percebemos o quão são humanos e iguais. E, assim como qualquer pessoa nesse mundo, anseiam uma vida de amor e dedicação aos seus, e para cada trabalhador daquele espaço comunitário, o que vale é o mesmo desejo contido em qualquer outra pessoa: o de voltar a casa após um dia árduo de trabalho, tomar um belo banho e abraçar seus filhos.